
Era um dia como outros tantos na vida daquele povoado, onde morava aquela pequena criança. Um povoado onde o dia começava assim como acabava, sempre com aquela brisa suave tocando a vida daquela gente simples e trabalhadora.
Sem entender a rotina daquela gente, Sara brincava envolta de seu mundo imaginário.
Sua casa era pequena, mas na simplicidade de uma vida, tinha tudo para a fazer sorrir e sentir-se feliz, ao lado de seus pais e um irmão bebê. Nessa casa tinha algo que ela adorava, um balanço construído por seu pai numa árvore (castanhola branca) também plantada por ele. O que mais Sara podia querer? Seis anos, um quintal com areia branquinha, por onde corria, flores espalhadas e junto à porta da cozinha, um balanço, um mano e aquela mãe carinhosa, que estava sempre pronta a proteger seus filhos. Ela também gostava de ver o Sr. José a cavar buracos no quintal, pois sempre apareciam cobrinhas inofensivas, que era motivo para mais brincadeiras. Lembrava-se bem da Srª Maria, esposa do sr. José, fazendo seus tapetes de trapos sempre com muito carinho. Eles eram amigos dos pais de Sara e tinham 4 filhos.
Ao cair da noite, Sara, aquela frágil menina, viu cair dos olhos da mãe, lágrimas de dor, de tristeza... algo estranho tinha acontecido. A mãe fechou sua casa e saiu na escuridão da noite com seu irmãozinho ao colo e Sara, a caminho da casa dos avós paternos. Lá chegando, muitos outros familiares choravam; o pai de Sara já não estava mais entre a familia. Mas ela nada entendia e brincava junto às outras crianças da viziança. Já cansada, Sara vai ao encontro da mãe. Esta por sua vez dá-lhe banho, comida e a deita na mercearia de sua avó, juntamente com seu mano, pois a noite seria longa para o resto da familia... estavam destroçados! Tinha sido uma perda dolorosa e difícil de aceitar, pela maneira trágica e inexplicável do acontecido.