terça-feira, 28 de abril de 2009

RASGOS DE MEMÓRIA ( Entardecer)


Era um dia como outros tantos na vida daquele povoado, onde morava aquela pequena criança. Um povoado onde o dia começava assim como acabava, sempre com aquela brisa suave tocando a vida daquela gente simples e trabalhadora.
Sem entender a rotina daquela gente, Sara brincava envolta de seu mundo imaginário.
Sua casa era pequena, mas na simplicidade de uma vida, tinha tudo para a fazer sorrir e sentir-se feliz, ao lado de seus pais e um irmão bebê. Nessa casa tinha algo que ela adorava, um balanço construído por seu pai numa árvore (castanhola branca) também plantada por ele. O que mais Sara podia querer? Seis anos, um quintal com areia branquinha, por onde corria, flores espalhadas e junto à porta da cozinha, um balanço, um mano e aquela mãe carinhosa, que estava sempre pronta a proteger seus filhos. Ela também gostava de ver o Sr. José a cavar buracos no quintal, pois sempre apareciam cobrinhas inofensivas, que era motivo para mais brincadeiras. Lembrava-se bem da Srª Maria, esposa do sr. José, fazendo seus tapetes de trapos sempre com muito carinho. Eles eram amigos dos pais de Sara e tinham 4 filhos.
Ao cair da noite, Sara, aquela frágil menina, viu cair dos olhos da mãe, lágrimas de dor, de tristeza... algo estranho tinha acontecido. A mãe fechou sua casa e saiu na escuridão da noite com seu irmãozinho ao colo e Sara, a caminho da casa dos avós paternos. Lá chegando, muitos outros familiares choravam; o pai de Sara já não estava mais entre a familia. Mas ela nada entendia e brincava junto às outras crianças da viziança. Já cansada, Sara vai ao encontro da mãe. Esta por sua vez dá-lhe banho, comida e a deita na mercearia de sua avó, juntamente com seu mano, pois a noite seria longa para o resto da familia... estavam destroçados! Tinha sido uma perda dolorosa e difícil de aceitar, pela maneira trágica e inexplicável do acontecido.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Um belíssimo presente de aniversário, que minha familia me enviou. A distância é grande demais e doi muito também.... Foi um presente que me emocionou muito...

(14.04.09)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

GAIVOTA SOLITÁRIA, O COMEÇO...



"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes pelas quais precisarás passar para atravessar o rio da vida- ninguém, excepto tu, só tu.

Existem por certo, atalhos sem-números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.

Existe, no mundo, um ÚNICO caminho por onde só tu podes passar. Aonde leva? Não perguntes, segue-o..."



(Nietzsche)

A IMAGEM DO ESPELHO


Sara era uma menina que não sabia muito bem quem era. Muitas coisas aconteciam em sua vida e ela sempre se perguntava o por quê de algumas, sem nunca encontrar as respostas. Olhava-se no espelho e via duas pessoas, sendo que uma era o oposto da outra. A imagem do espelho era de alguém transformada pela vida, muito séria , carrancuda, trancada dentro de um mundo que criou, sobrecarregada de responsabilidades, tristezas e muita carência. Mas no instante seguinte reflectia aquela que realmente era, cheia de alegria, beleza, sonhadora, carinhosa, humana e cheia de amor no coração. Sentia necessidade de ser esta segunda pessoa, mas não alcançava o ponto. Alguém ou alguma coisa a impedia. Por isso, não conseguia ser feliz. O por quê disso tudo sempre vinha a sua mente, com perguntas que nunca tinham respostas... tudo era complicado de entender...
O tempo passava e as tristezas dentro dela cresciam a cada minuto. Acontecimentos que marcavam-lhe a vida de forma dura e cruel. Muitas lágrimas derramadas no seu rosto e no seu coração. Nascia assim a GAIVOTA SOLITÁRIA.